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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O novo Brasil da Sociedade de Consumo


O tempo todo estamos sendo bombardeados por notícias "otimistas" sobre o crescimento e aquecimento da economia em nosso país. Com isso cada vez mais as pessoas se anestesiam e sentem-se motivadas a consumir e acreditam que não há nada de errado nisso. Acreditam elas que as oportunidades agora são iguais para todos, ou seja, os pobres estão chegando lá no mesmo patamar dos ricos (será?) É pregado pela atual sociedade de consumo que se você trabalhar mais competindo no mercado de trabalho (não importa de qual maneira), se endividar com prestações à perder de vista nos cartões e carnês da vida, terá grandes chances de se equiparar ao ricos e famosos e usufruir de todas as mordomias dos mesmos (quem sabe a proxima capa da revista Caras, terá você, nao é?)

Tudo bem! Ninguem gosta de ser pobre, passar apertado todo mês, andar de busão lotado, nao poder usar todas as roupas da moda, nao poder adquirir os melhores eletro- eletrônicos, mas será que nao estamos exagerando?

Li em um blog a seguinte passagem: "Paulo Freire afirmava que o grande papel da educação deveria ser o de libertar as pessoas da escravidão do consumismo. Entretanto, somos estimulados o tempo todo, desde criancinhas, e por todos os meios a consumir sem parar! Ao invés de tentarmos nos libertar, ou de questionarmos este modelo, queremos consumir mais e mais, num padrão tão elevado quanto o dos ricos e famosos, incensados pela mídia para que os tomemos como modelo a serem seguidos e invejados."

Junto com esse desejo desenfreado surgem sentimentos que têm nos colocado abaixo dos animais os quais chamamos irracionais, mas será que são eles mesmos os irracionais deste cenário? Estamos à cada dia mais frios, egoístas, solitários e pobres levados a perseguir um modelo de consumo inalcançável e que só fará manter os pobres mais pobres e escravizados à necessidade de trabalhar sem descanso a vida toda, deixando atrás de si famílias desestruturadas, pessoas ansiosas, e um planeta arrasado com nosso lixo e briga por espaço.

Somos induzidos e conduzidos a consumir não por que precisamos, mas por que merecemos, desejamos, podemos. A falta de dinheiro, que deveria funcionar com um freio, é superada rapidamente pelo crédito fácil e prestações a perder de vista que beiram a irresponsabilidade, ao tratamento cordial que nos é dado quando vamos aos bancos e lojas.
Construímos um futuro de ouro mas cujo os pés são de barro nos escravizando às dívidas, obrigando-nos a dedicar mais ao trabalho esquecendo que nosso corpo e mente precisam de descanso

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