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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Você sabe o que é um faunoduto?

A gente sempre está pronto a criticar e reclamar das concessionárias e dos pedágios. Mas, por uma questão de justiça, se deve também enxergar e valorizar as boas coisas que fazem. Principalmente além do dever.
Outro aspecto importante é este de respeitar a vida e a biodiversidade. 



"Muita gente que utiliza a Rodovia do Sol não imagina que, em pontos estratégicos embaixo do pavimento, estão faunodutos, caminhos construídos para permitir a travessia de animais silvestres que “moram” às margens da rodovia. Dentro deles, a RodoSol instalou sensores que monitoram a passagem dos bichos e câmeras fotográficas que registram a utilização da “via”. Além disso, uma equipe da empresa analisa as pegadas dos “usuários” para saber qual a contribuição dos Faunodutos para evitar os atropelamentos dos animais e possíveis acidentes causados pelos bichos.
O resultado é que, entre 2003 e 2009, foram contabilizados 1.737 bichos, entre mãos-peladas, tatus, lagartos, cuícas, lontras, entres outros. O trabalho já rendeu reconhecimentos além das divisas do Espírito Santo em forma de prêmios ambientais e é apenas uma parte do Programa de Proteção e Monitoramento da Fauna Silvestre, desenvolvido pela RodoSol. Além dos faunodutos, o programa inclui a criação de passagens aéreas – instaladas nas áreas mais altas da rodovia, onde
são colocadas frutas para atrair macacos, por exemplo – também para a travessia de animais, o monitoramento da fauna morta por atropelamento e o resgate da fauna debilitada." 



Ineditismo
“Trata-se de uma iniciativa inédita no Brasil e uma oportunidade ímpar para o desenvolvimento de uma ciência fundamental para o desenvolvimento econômico e sustentável do País: a Ecologia de Rodovias, que pode contribuir para a adoção de medidas capazes de reduzir o impacto ambiental das rodovias”, explica o consultor de meio ambiente e coordenador do programa, Ricardo Braga."



A conclusão é que os faunodutos foram utilizados por 1.223 animais, entre 2003 e o início de 2008. Desse total, 87,98% são mamíferos, 11,86% são répteis e 0,16% são aves. As espécies que mais utilizam os dutos são o mão-pelada, o tatu-galinha, o tatuí, a cuíca, a lontra, a paca e o cachorro-do-mato. Outra ação do programa é o monitoramento sistemático de animais silvestres atropelados. O trabalho conta com profissionais que percorrem a estrada recolhendo e identificando os animais atropelados, a cada 90 minutos, todos os dias da semana. A intenção é entender os padrões dos acidentes para assim elaborar novas maneiras de lidar com o problema."

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