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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Planejar para não remediar

Pode-se identificar a existência de cidades desde os primeiros tempos. Roma e Atenas são dois exemplos sempre lembrados por serem símbolos de civilizações que influenciaram hegemonicamente outras civilizações de sua época. As conquistas militares dos romanos e as descobertas no campo do conhecimento dos gregos até hoje são lembradas.


            No período denominado de Idade Média (séculos IV ao XIII), a sociedade se organizou basicamente na zona rural. As cidades viriam renascer com a retomada das trocas comerciais entre ocidente (Portugal, Espanha...) e oriente (Índias) e a descoberta de novos mercados consumidores (América). Apesar do renascimento das cidades, a sociedade continuou marcadamente rural.

            É, contudo, a partir do fenômeno da industrialização que as cidades começam o processo de inchamento e crescimento verificáveis ainda hoje. Pode-se verificar isso no Brasil através da cidade de São Paulo. Por volta de 1900, São Paulo inicia o seu processo de industrialização. Milhares de pessoas imigram para as cidades incentivadas pela promessa de uma vida melhor. A cidade cresce de uma forma desordenada. Inúmeras indústrias se instalam nas cidades. Proliferam-se os cortiços (como se verifica na novela Esperança). Milhares de crianças são empregadas nas indústrias. O rio Tietê começa a ser poluído. A criminalidade, desde essa época, passa a ser fonte de preocupações da comunidade.

            Esse breve relato da cidade de São Paulo indica que o processo de urbanização, ou seja, o processo de formação de uma cidade deve ser planejado. Uma cidade não se regula por si mesmo, seja por que os recursos naturais são finitos, seja por que os recursos financeiros são insuficientes para fazer frente aos prejuízos causados à saúde humana, ao meio ambiente e à qualidade de vida.

Os ambientes urbanos têm concentrado um número cada vez maior de pessoas. Isso, ligado ao crescimento desordenado e acelerado, tem provocado uma série de mudanças no ambiente. Cerca de 80% da população mundial vive em áreas urbanas e o desenvolvimento dessas tem acontecido de forma pouco planejada, com conflitos institucionais e tecnológicos. A tendência, então, é o caos.

Nesse cenário são comuns a contaminação de mananciais superficiais e subterrâneos, por causa do saneamento inadequado, e inundações urbanas, consequentes das ocupações de áreas de risco. A drenagem mal realizada, a distribuição de material sólido de maneira imprópria, bem como os processos erosivos e assoreamento dos rios, são outros exemplos de processos relacionados a impactos diversificados ao longo do tempo, que causam danos à cidade.
O impacto urbano não é apenas resultado de uma determinada ação sobre o ambiente, é a relação de mudanças sociais e ecológicas em movimento. Por isso, é necessária a elaboração de um projeto urbanístico que considere diversos aspectos, de forma sustentável

Quantos litros de água são consumidos diariamente em uma cidade de 20 mil habitantes? Quanto se gasta para tratar o esgoto de uma cidade de 100mil habitantes? Qual a melhor alternativa para o transporte de uma cidade de 500 mil habitantes? Como deve ser a ação de um governo municipal em uma cidade de características agro-industriais? Essas e outras perguntas fazem parte de uma política de planejamento. A idéia de que uma cidade não se regula por si mesma implica numa ação preventiva e efetiva do poder público capaz de assegurar bem estar à sua população com o respeito ao meio ambiente.

Um comentário:

  1. isso é um absurdo! a prefeitura d Itagi é um vulcão d imcopetentes e corruptos..mas ainda luto pela sobrevivencia da minha cidade...mesmo de longe...

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