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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Você já ouviu falar da geração "nem-nem"?

Tal termo deriva do espanhol ni-ni, que quer dizer “nem estudam e nem trabalham”. Quase ¼ dos jovens entre 18 e 20 anos estão nessa situação (segundo a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD – levantamento do pesquisador Naercio Menezes Filho, do Centro de Políticas Públicas do Insper). 


Às 10h, eles mal acabaram de acordar; às 14h, sentam à mesa para saborear a comidinha da mamãe; no fim da tarde, estão na lan house mais próxima; e lá pelas 22h se produzem para encarar a balada sem hora para terminar. No meio dessa maratona, ainda encontram tempo para perambular por shoppings, encontrar os amigos, ficar horas falando ao celular ou de olhos grudados no videogame.
Quem imagina que esses prazeres preenchem um fim de semana normal de um jovem que estuda ou trabalha de segunda a sexta-feira está muito enganado. A rotina faz parte do cotidiano de cerca de 1,2 milhão de brasileiros na faixa etária de 18 a 24 anos, cujas vidas são marcadas pela total ausência na escola e no mercado profissional.


 “A família é o primeiro grupo com quem a pessoa se relaciona e, ali dentro, cada um tem um papel. Por isso, os pais precisam delegar funções e se fazer respeitar. Além disso, é salutar aprender a dizer ‘não’. O ideal é pensar que você está negando algo ao seu filho agora para ajudá-lo no futuro. Quem só ouve ‘sim’ sofre muito quando precisa encarar a realidade.”

Quais seriam os efeitos disso para o Brasil? Graves, certamente. Antes, quem não podia estudar trabalhava. E agora, qual a causa desta abstenção?

O que fazer com ¼ de uma geração jovem-adulta que nem trabalha e nem estuda? O que esperar dela?

Talvez a eleição de Tiririca explique isso… JÁ estaríamos sentindo os efeitos disso?

E você, o que acha sobre esse assunto: os jovens que não trabalham e nem estudam fazem isso por quais motivos?

(Professor Rafael Porcari  e Correio Braziliense, 14/12/09)

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