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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A "maquiagem" que não deu certo!

"Ah, se o presente e o futuro do Rio de Janeiro fossem um décimo daquele cenário grandioso sonhado no passado por seus administradores e moradores ilustres!
Capital do país durante 200 anos, a cidade nasceu predestinada, também pela natureza, a um futuro glorioso. Instalada em uma paisagem deslumbrante, ainda mereceu correções de rumos urbanos feitas por seus governantes. O imperador dom Pedro II replantou a Floresta da Tijuca, uma das maiores áreas verdes artificiais do mundo em zona urbana. Mais recentemente, o governador Carlos Lacerda construiu, na década de 60, o Aterro do Flamengo, um colosso paisagístico. Negrão de Lima, também governador, remodelou a orla de Copacabana, cartão-postal do Brasil. Tudo isso até o início da década de 70. As obras continuam de pé, mas o Rio dos sonhos virou uma cidade de pesadelo"
(Ronaldo França em 20/10/2004)


"Não é preciso ser especialista em segurança pública para perceber que o crime atingiu níveis insuportáveis. Hoje, as vítimas da violência têm a sensação quase de alívio quando, num assalto, perdem a carteira ou o carro – e não a vida. Essa espiral de insegurança gerou uma variante ainda mais assustadora. É o crime com crueldade.

A partir dos anos 80, o tráfico de drogas passa a fazer parte do cenário dos morros do Rio, e o domínio de áreas da cidade pelos bandidos começa a se disseminar. Hoje, facções criminosas como o Comando Vermelho marcam seus territórios com bandeiras e pichações. Na semana passada, uma autoridade, o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Marcus Faver, assumiu com impressionante naturalidade a existência de "Estados paralelos", com leis próprias, em algumas regiões fluminenses."
(Marcelo Carneiro e Ronaldo França em 19/06/2002)



O dia do bandido
Em mais uma exibição de força,
traficantes fecham o comércio em
quarenta bairros do Rio de Janeiro 

  
"Quarenta bairros da capital fluminense, além de cinco cidades da região metropolitana, amanheceram em clima de estado de sítio, com lojas, bancos, escolas e postos de saúde fechados. O plano de parar o Rio foi arquitetado por bandidos que, mesmo encarcerados, conseguem colocar a segunda maior cidade do Brasil de joelhos. Nem a presença de 43.000 policiais nas ruas encorajou os comerciantes a abrir as portas. A ação foi comandada pelo traficante Marcos Antônio da Silva Tavares, o Marquinhos Niterói. No último dia 15 de setembro, Marquinhos, que estava preso em Bangu 1, teve conversas telefônicas gravadas pelo Ministério Público, com autorização judicial. Nas fitas, o traficante ordena a um de seus comparsas o fechamento de lojas em áreas da cidade. "Blecaute na Zona Sul. Tem de parar tudo, comércio geral. Parar tudo, entendeu?", exige o bandido, aos berros. A razão era o descontentamento com o tratamento dispensado a Fernandinho Beira-Mar e aos demais líderes da organização criminosa Comando Vermelho, que haviam comandado o massacre em Bangu 1. Transferidos para um batalhão da Polícia Militar, foram proibidos de receber visitas."
(Marcelo Carneiro em 09/10/2002)  


"Sensação já plenamente incorporada à vida das grandes cidades brasileiras, a insegurança voltou a atingir níveis insuportáveis no Rio de Janeiro, na semana passada. A batalha que se instalou nas ruas da cidade teve um vencedor. Foi o traficante de drogas Fernandinho Beira-Mar – sempre ele –, o líder da ação. Beira-Mar comandou o dantesco espetáculo de ônibus incendiados, bombas e tiros contra prédios do Rio de dentro de sua jaula "de segurança máxima" no presídio Bangu 1. De segunda a quinta-feira, contaram-se 55 ônibus incendiados ou depredados, lojas intimadas a fechar as portas em vinte bairros, edifícios metralhados ou atacados com bombas de fabricação militar. O Estado, embora soubesse com antecedência que algo estava em curso, foi incapaz de deter Beira-Mar, que colocou à prova a força de sua organização criminosa, o Comando Vermelho. Formou-se um cenário de guerra."
 (Marcelo Carneiro e Ronaldo França em 05/03/2003)




Violência no Rio de Janeiro é "a vergonha
nacional", diz Busato

Extraído de: Justilex  -  29 de Dezembro de 2006 
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato, afirmou hoje (29) que a violência no Rio ultrapassou todos os limites, devendo ser tratada agora como "a vergonha nacional". A declaração foi dada por Busato com referência à onda de violência ocorrida nas últimas 48 horas no Rio de Janeiro, considerado o pior ataque de facções criminosas e que resultou, até o momento, em18 pessoas mortas, ônibus incendiados, cabines da Polícia Militar metralhadas e até ataques de granadas a delegacias policiais. "Nada pode justificar que cidadãos sejam assassinados friamente, na calada da noite e à luz do dia, vítimas de assaltos, das guerras dos grupos organizados, das balas perdidas, dos seqüestros e, até mesmo, de policiais despreparados que se tornam matadores profissionais, ao invés de guardiões da lei e da ordem".
"O que existe hoje é a completa ausência de perspectiva por parte do cidadão, que está cercado por quadrilhas de banditismo que demonstram serem mais organizadas que o Estado", afirmou o presidente da OAB, repudiando o ocorrido. "É necessário que as causas dessa crise sejam combatidas e não seus efeitos. Entendo que as causas podem ser combatidas por meio da melhoria no ensino para os jovens da periferia do Rio de Janeiro, isso porque sem educação, não há perspectiva"


efe.com, Atualizado: 23/11/2010 9:49

Onda de violência no Rio continua, com 4 veículos incendiados


 

Rio de Janeiro, 23 nov (EFE).- Os ataques que vêm gerando pânico no Rio de Janeiro desde sábado continuaram na última noite com o incêndio de quatro carros em diferentes locais da cidade e o tiroteio contra uma cabine da Polícia Militar, informaram fontes oficiais.

O governador do Rio, Sérgio Cabral, anunciou nesta segunda-feira que manterá a política de ocupação policial das comunidades controladas pelos traficantes e que intensificará o combate ao narcotráfico.
No entanto, a declaração do governador não intimidou os traficantes, que voltaram a fazer ataques entre a noite de segunda-feira e esta madrugada.

Valeria Borges
Tenho que comentar....há muito que essa situação vem se arrastando e os culpados dessa patacoada toda é o próprio povo. Os menos favorecidos por sempre apoiarem os traficantes e irem contra as autoridades competentes e os mais abastados por acharem que o caos da criminalidade jamais desceria os morros.
E por fim também por reelegerem governantes que tá mais que provado serem incompetentes e corruptos.
Não é só na cidade maravilhosa,( que de maravilhosa a meu ver não tem nada a não ser o pouco de paisagem natural que ainda resiste em meio a especulação imobiliária e favelas e de resto tem um centro urbano sujo, imundo e fedido pela falta de educação do povo), mas INCLUSIVE na cidade dita maravilhosa....a qual sediará COPA e OLIMPÍADAS! Piada...


Tenho que tocar sobre outro assunto também: Pra quem não sabe e sabe e faz de conta que não sabe, chega época de CARNAVAL todo mundo se esbalda com os desfiles muitos deles patrocinados pelo tráfico e o Carnaval por fim traz lucro para este investir em armamentos e produtos. Então quer dizer que todos, independente da classe social, dão aval para que a bandidagem reine absoluta no Rio. Ninguém no Rio, na verdade, possui moral suficiente nem pra criticar bandidos e nem políticos, pois todos são coniventes de certa forma.
Me desculpem os cariocas, mas creio que não exagerei em minhas colocações!

Sobre a Maquiagem que não deu certo: Bom, nem Lula e nem Sérgio Cabral servem pra governar quanto mais pra maquiar, dizendo que tudo são flores e que tudo dará certo até a COPA de 2014 com as UPPs e os centros recreativos que não funcionam e não atraem ninguém de fato. Alguém se lembra desse vídeo?

Se tivéssemos pena de morte, o Rio estaria sendo poupado do terrorismo e nós de bancarmos esses vagabundos na cadeia que tem mais privilégios que nós.
Somos nós que estamos sendo massacrados enquanto eles que nem humanos são usufruem de uma vida plena e bem assistida. Possuem mais regalia que muitos que habitam os morros do Rio como água encanada, roupa lavada, comida quentinha, campo de futebol, horário pra tomar solzinho, né?
E nós que pagamos essas conta!
Um preso custa em média R$1.500,00 reais para os cofres públicos que eu e você mantemos com o pagamento de impostos (que já ultrapassou a casa do 1 trilhão nesse mê)s. Dinheiro esse que poderia ser melhor investido em educação e saúde.
Dinheiro esse que poderia ser o salário mínimo pra sustentar uma família com mais dignidade.

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