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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Mas heinnnnnnnnnnn....

Aonde vamos parar com tanta futilidade?
O mundo 'pirou', enlouqueceu. E eu me revolto todos os anos com o CARNAVAL e o FUTEBOL que nao passam de um "anestesico", uma droga alucinógena para um bando de alienados tupiniquins robotizados, que voltam cada vez mais pobres no bolso e no espírito.








A ausência, nas revistas femininas, de debate político, de assuntos econômico-finaceiros, das estratégias e objetivos sociais, das questões jurídicas e opinativas é extremamente expressiva quanto à participação presumida, à capacidade de discussão e criação, ao próprio nível intelectual das mulheres que as compram. Neguemos os estereótipos, as discriminações e a medicalização do discurso contra as mulheres, que nos quer afrontar a inteligência e pretende relegar as mulheres a papéis secundários, “biologizantes” e inferiores.







Prestem atenção nas atualizações do orkut. São sempre as mesmas fotos das mesmas garotinhas (não importa se sozinhas no espelho do banheiro ou em grupo fazendo biquinhos) ou dos mesmos caras fazendo um legal com o braço mais fortinho após dois meses de academia. E não são apenas as fotos, as músicas do ‘quem sou eu’, as legendas das fotos, os depoimentos…é sempre tudo pouco inteligente, inútil, fútil.
Quase sempre a futilidade vem acompanhada de uma “bundinha, peitinhos e carinha de gostosinha” pois prá que cérebro e respeito aos sentimentos alheios?! “Eu não preciso, tenho uma bundinha, peitnhos e carinha gostosinha e isso me basta! Os caras correm atrás de mim, pagam as coisas prá mim, e quando minha bundinha e peitinhos caírem e minha carinha de gostosinha começar a enrugar, aí eu vejo o que faço.”
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Defino pessoas fúteis como aquelas que abrem mão da própria personalidade em nome de um grupo que nada lhes trará, que exige delas um comportamento bobo e robotizado, do caso contrário elas podem ser vítimas desse comportamento. O materialismo é muito presente entre essas pessoas para que elas possam mostrar através do que compraram ‘o poder (financeiro)’ que tem e que vão exercer sobre quem ‘pode menos’.
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O culto ao corpo também, para os homens ter uma barriga tanquinho e corpo no modelo de tábua de passar roupa (daqueles triangulos invertidos, sabe?) é estar na moda. Já viram pelos orkuts da vida quantos perfis de homens sem camisa fazendo poses malabaristicas e caras de machos comedores? Já para as mulheres é lei estar magra e se julgar gorda, e, se possível, usar roupas vulgares para que o corpo possa ser notado. Homens para elas trazem status, principalmente se estiverem acompanhados de um carro do ano, simboliza um magnetismo pessoal grande, um domínio sobre o sexo oposto.
Falar que ama convém, mas amar é muito difícil. Já perceberam os namoros de hj? Já se diz um "EU T AMO" logo na primeira semana, mas passado um mes um vira por outro e diz: "Me enganei com vc, vc nao é td aquilo que eu pensava, então tchau, hein? A gente se cruza por aí! "
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Só quem tem personalidade ama sinceramente, e a falta de personalidade nestas pessoas limita muitas coisas, muito sentimentos, inclusive o amor. O conceito da vida dos outros é propriedade delas, elas tem o poder de julgamento, só elas conseguem perceber quem realmente é feliz. Como??? Pelas roupas que a pessoa usa, pelo jeito que ela fala, pelo grau de autenticidade (deve ser pequeno) que ela tem, pelo carro, pela casa, pelo cabeleireiro da moda, pelas festas e badalações. A fofoca é o idioma oficial e não falo só de mulheres fofoqueiras não, os HOMENS estão se tornando cada vez mais apurados no quesito fofoca. Perceba que se perguntar a pessoas assim que profissão pretendem seguir, lhes dirão uma profissão de status, ou então, no caso das mulheres, um casamento bem sucedido com alguém que tenha “poder”. Para elas não interessa vocação, elas não tem personalidade então não tem vocação, o que importa é que elas sejam admiradas pelo “trabalho”. E o objetivo real da vida delas, mesmo que não seja comentado, todas sabem, é passar a vida ‘enganando homens e mulheres’ para um dia se sentirem uma mulher ou homem cobiçados que podem conseguir o que quiser através de ‘aventuras amorosas’. Se uma pessoa fútil pode mudar?? Sim, se tiver sorte. Se acontecer algo bem forte que apague todo o rosa-choque que existe como lente entre seus olhos e o mundo. Pra ela ver que existem muitas coisas além de aparências, conveniências, status, popularidade e que ter, assumir e viver pela própria personalidade é o único jeito de encontrar o rumo certo pra própria vida. Por que as pessoas fúteis são assim? Elas nascem assim? Acho que não. Existem muitos fatores para influenciar. A mídia é um bem forte. A educação, talvez. As amizades...

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A futilidade é instintiva no humano, seja ele jovem ou de mais idade ele sempre será futil. A diferença entre os dois é a intensidade da futilidade e a canalização da mesma. Os objetivos, gostos, jeitos e perpectivas mudam com o tempo, e assim as futilidades tornam-se catastroficamente diferentes entre um e o outro. Porem sempre será uma futilidade.
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Temos uma facilidade muito grande de fazer algo, supérfluo, se tornar algo essencial em nossas vidas. A internet é uma delas, vivemos durante muito tempo sem essa tecnologia, mas agora é como se ficassemos incapazes de efetuar o que quer que seja sem ela. Estamos em uma geração onde tudo o que precisamos está ao nosso alcance, chegando até nós com uma velocidade muito forte comparada com alguns anos atrás.Tanta facilidade e agilidade, faz com que nós seres humanos nos ACOMODEMOS cada vez mais. Isso não acontece apenas com novas tecnologias, se pararmos para avaliar a história do ser humano perceberemos que nós trazemos conosco instindos de milhares de anos atrás que não são capazes de serem alterados com rapidez. As pessoas não costumam fazer pesquisas para os seus trabalhos, como faziam antes, os livros e as boas leituras estão cada vez mais distantes delas. Consequentemente, nós que estamos vivenciando esta era digital, acabamos por nos tornar seres com um raciocinio lógico inferior aos que não tiveram acesso á essas novas tecnologias, não unicamente os computaderes e sua companheira Internet, mas também todas as outras facilidades do mundo contemporaneo.
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Hoje, Deus é a auto-imagem.
Religião, é dieta.
Fé, só na estética.
Ritual é 'malhação'.
Amor é 'cafona',
Sinceridade é careta,
Pudor é ridículo,
Sentimento é 'bobagem'.
Gordura é pecado mortal.
Ruga é contravenção.
Roubar pode.
Envelhecer, não.
Estria é caso de polícia.
Celulite é falta de educação.



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A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem? “TO PAGANDUUUUUU!” Nummmmmmmmmmm é?
A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem. Imagem, estética, medidas, beleza.
Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda.
Nada mais importa. Não importa o outro, o coletivo.
Jovens não têm mais fé, nem idealismo, nem posição política.
Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.
Mas...uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados no físico e atrofiados no cérebro, aos vinte anos não é natural.
Não é, não pode ser.
Deus permita que voltem do coma sem sequelas.




Um comentário:

  1. Giovana diz:
    Lendo esta postagem, lembrei-me de quando estava na praia, há uns 11 anos, e peguei uma revista para ler, a Marie Claire do ano de 1995. Deparei-me com uma reportagem que falava sobre os 50 anos da explosão da bomba atômica no Japão. Eu achei o máximo, uma reportagem excelente que tratava sobre um pedacinho da história daquele país e uma das maiores tragédias da humanidade.

    E, por curiosidade, hoje fui bisbilhotar o site da mesma revista. Não encontrei nada além de reportagens voltadas para beleza física e fofocas. Não sei como a revista em si está hoje, mas acredito que o conteúdo não seja além das "futilidades".

    Se a gente for a fundo estudar história, seja por livros e bons filmes, veremos que os valores mais importantes do ser humano foram perdidos: a honra, a dignidade, companheirismo, a própria paixão pela vida. E acredito que isto se resume a uma pequena frase, que tem muito a ver:

    "O dinheiro é um ótimo servo, porém um perigoso mestre".

    Beijo!

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