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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Juventude sem Limites!


Atualmente a gente vê uma banalização da violência.
A violência sem motivo, na avaliação da psicóloga Simone Oliani, especialista em análise do comportamento, é consequência da certeza de impunidade e está presente em todas as classes. ''A agressividade está em todos os níveis sociais. Há estudos que mostram que comportamentos violentos têm acontecido com mais frequência entre adolescentes oriundos das classes média e alta. Eles têm percebido que a violência não tem tido consequência. Os nossos jovens estão sem limites'', afirma.

Parece que as pessoas estão se comportando como se a agressão fosse algo normal. Elas buscam status, poder e fuga utilizando a violência. Existem várias faces da violência: na escola, nas famílias, nas organizações. O agressor pode se comportar dessa forma porque os modelos que ele teve foram de pessoas violentas. Filhos de acoólatras extremamente violentos repudiam a agressão que sofrem como filhos, entretanto mais tarde têm o mesmo comportamento. Temos visto que as vítimas de atos violentos quando se recuperam tornam-se agressivas.

No passado a gente dizia que a pobreza que estimulava a violência. Mas isso não é verdade. A agressividade está em todos os níveis sociais. Há estudos que mostram que comportamentos violentos têm acontecido com mais frequência entre adolescentes oriundos das classes média e alta. Eles têm percebido que a violência não tem tido consequência. Os nossos jovens estão sem limites. Nós só aprendemos quando há consequência para o nosso comportamento. Se não tiver consequência a pessoa vai continuar fazendo. Hoje os adolescentes pensam que se cometerem uma infração vão ficar privados de liberdade por apenas 45 dias (período em que aguardam a aplicação da medida socioeducativa. A internação pode variar entre seis meses e três anos). Para eles uma pena de 45 dias é insignificante. Será que não é preciso uma pena maior? Esse tipo de punição modifica o comportamento de alguém? Deve haver políticas públicas voltadas para a criação de um projeto que inclua todos os níveis de prevenção.

Na adolescência se acredita que é preciso ser igual a todo mundo para ser aceito. O diferente é agredido, humilhado e excluído. Quem age com violência está procurando algum tipo de aprovação ou está buscando satisfação pessoal.

Os filhos devem ser corrigidos desde muito cedo

Os elementos contemporâneos cogitados no estudo do aumento da violência e agressividade dos adolescentes passa também pelo declínio do papel do pai (e da mãe), subtraído que foi por vários elementos da atualidade. Primeiro vem a dissolução das famílias. Na falência da função paterna (ou materna), a busca pelo prazer consumista desembesta a rédeas soltas, para grande número de jovens.

Em segundo lugar vem a tirania da liberdade incondicional, exigência que se dá sob o falso rótulo do progressismo e do politicamente correto. Liberdade é um termo que deveria ser usado no plural, liberdades. Liberdade para isso, para aquilo... e não para tudo, como exigem os adolescentes. A liberdade incondicional interessa fortemente para aqueles que sobrevivem, e muito bem, do afã juvenil em ir, comprar, beber, beber, comprar e ir. E esses mercenários da juventude não são, exatamente, donos de escolas, são empresários da noite, traficantes, os propagandistas de drogas e costumes...

Em terceiro, vem a propaganda do orgasmo proporcionado pelo prazer como um fim em si mesmo, prazer do consumo, do poder, do não-perder-um-minuto, do fazer porque "todos fazem"... Convencem os jovens, por má fé, que em não se tendo..., não se é feliz. A transformação de pessoas reconhecidamente contraventoras em espécies de ídolos e de modelos de vir-a-ser, cujas atitudes criminosas são públicas e impunes, é um dos mais fortes estímulos à delinqüência.

Em quarto, de acordo com palavras de Paulo Ceccarelli, se seguirmos as mudanças no Código Civil referentes ao Direito Paterno veremos que, desde o Direito Romano até hoje, houve um enfraquecimento do poder do pai sobre o filho. Tais mudanças foram mais dramáticas no final do Século XIX e início do XX, com as novas leis de mercado. Cada vez mais, em nome do "interesse da criança", instituições sociais passaram a substituir o pai. Cada vez que o "bem-estar da criança" está supostamente em jogo, o pai pode ter seu poder familiar limitado ou anulado.

(Fontes: Paula Costa Bonini - Reportagem Local/Folha de Londrina – Ballone GJ - Violência e Agressão; da criança, do adolescente e do jovem )

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