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terça-feira, 10 de março de 2009

"PREVENIR é melhor que REMEDIAR!"


MÉTODOS CONTRACEPTIVOS: Eficientes ou nao?

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O sucesso em contracepção depende de uma decisão voluntária e esclarecida sobre a segurança, eficácia, custos, efeitos secundários e reversibilidade dos métodos colocados à disposição. Há um conjunto de questões que devem ser colocadas quando se pretende escolher um método de contracepção. A contracepção talvez seja a principal preocupação das mulheres em idade fértil, em todo o mundo. Para percebermos isso, basta analisarmos a alta taxa de gravidez não planejada. Os métodos contraceptivos, ainda hoje, são temas de várias polêmicas e a maioria das mulheres, e também dos homens, ainda têm muitas dúvidas a respeito." Vamos tratar aqui dos mais conhecidos e difundidos e se alguem quiser acrescentar mais metodos conhecidos, será de grande valia.

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Métodos Comportamentais

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Esses métodos baseiam-se na observação das características do ciclo menstrual, com abstinência sexual durante alguns períodos. Requerem que a mulher esteja sempre atenta aos sinais e seja capaz de reconhecê-los adequadamente, já que podem ocorrer variações importantes. Geralmente, calcula-se a data provável da ovulação e faz-se a abstinência por 4 dias antes e três dias depois dessa data, período de maior fertilidade da mulher. A importância principal desse grupo de métodos é para as mulheres com impedimento religioso ou cultural aos outros métodos.


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Métodos de Barreira

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Esses métodos impedem que os espermatozóides cheguem ao útero.

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Camisinhas:Existem modelos masculino e feminino (raramente usado). A camisinha masculina é um método bastante utilizado, mas depende de uso correto. A grande vantagem é que, além de proteger contra uma gravidez indesejada, protege contra doenças sexualmente transmissíveis/AIDS.

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A principal desvantagem da camisinha masculina é a necessidade de colocação durante o ato sexual, antes de qualquer tipo de penetração. Além disso, requer motivação do casal. Algumas pessoas podem apresentar alergia. A camisinha feminina pode ser colocada bem antes da relação sexual e é mais resistente que a masculina; porém, não é muito estética.

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Dispositivo Intra-Uterino (DIU): O DIU é o método contraceptivo mais utilizado no mundo. É um dispositivo geralmente feito de cobre, que é colocado dentro do útero e leva a várias modificações do útero e da tuba uterina, além de provocar reações que matam os espermatozóides. .Contracepção Hormonal.São constituídos de hormônios sintéticos, geralmente a associação de um tipo de estrogênio e um tipo de progesterona. Esses métodos atuam no centro regulador do ciclo menstrual, levando a um estado em que a mulher não ovula.

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Contraceptivos Orais

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Pílulas: Elas devem ser iniciadas no primeiro dia da menstruação e continuadas por 21 dias consecutivos, sem falhar. Após o término da cartela, a mulher faz uma pausa de sete dias e reinicia o uso no oitavo dia. É importante tomar a pílula sempre no mesmo horário, recomendação especialmente válida para as mini-pílulas.


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Contracepção de Emergência (Pílula do Dia Seguinte): Faz com que o útero fique desfavorável à gravidez. Existem dois métodos. O primeiro consiste no uso de pílula própria, em duas doses: a primeira até 72 horas após o ato sexual e a segunda 12 horas após a primeira. O outro método consiste no uso da pílula comum, de forma que a mulher ingere duas pílulas até 72 horas após o ato sexual e mais duas 12 horas depois. Esse método só deve ser utilizado esporadicamente, devido ao esquecimento da pílula ou ao fato de a camisinha ter estourado. Também é indicada em casos de estupro. Uma informação de extrema importância: o uso freqüente leva à redução de sua eficácia. Como no Brasil, legalmente a gestação só começa após a aderência do ovo à parede do útero, a pílula do dia seguinte pode ser utilizada (já que ela impede essa ligação).

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Contracepção Cirúrgica

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É o único método de contracepção definitiva, sendo utilizada por muitos casais. A esterilização feminina consiste na ligadura tubária, ou laqueadura. A masculina é a vasectomia. Devemos ressaltar que a vasectomia é um procedimento ambulatorial, que não requer hospitalização, é feita sob anestesia local e não causa nenhum tipo de disfunção sexual (como impotência). Esses métodos são de altíssima eficácia, mas suas indicações são bastante específicas.

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*Vc deseja ter filhos? Pq?

*O que o governo poderia estar fazendo e não faz para o controle da natalidade?
*De todos esses métodos, qual seria o mais eficaz na sua opinião?

*Quais as vantagens e desvantagens de cada um?

ABORTO: Direito ou crime?


O primeiro dos DIREITOS naturais do homem é o direito de viver. O primeiro DEVER é defender e proteger o seu primeiro direito: a vida.
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O mais elementar direito humano é o de nascer. Os outros liberdade, educação, saúde, trabalho, justiça, cidadania - só ganham sentido se houver o ser humano para desfrutá-los. Cercear o direito à vida é negar todos os demais.
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A Humanidade se divide na hora de definir em qual momento a vida tem início. Seria na concepção? Seria antes? Seria depois ? Em torno desta divergência surge a dúvida sobre a legitimidade do aborto. Grupos pró e contra levantam suas bandeiras, centrados no foco de seus respectivos interesses.
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Há posições das diversas ciências como psicologia, antropologia, medicina. Há postulados morais e religiosos. Há as diferentes correntes sócio-políticas.

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Qual a sua opinião sobre a prática do aborto? Ele deveria ser legalizado ou não? A política e a religião realmente se preocupam ou só estão defendendo seus interesses?


sexta-feira, 6 de março de 2009

VIOLENCIA: Pobreza ou Fraqueza Institucional?

Nos últimos anos, a sociedade brasileira entrou no grupo das sociedades mais violentas do mundo. Hoje, o país tem altíssimos índices de violência urbana (violências praticadas nas ruas, como assaltos, seqüestros, extermínios, etc.); violência doméstica (praticadas no próprio lar); violência familiar e violência contra a mulher, que, em geral, é praticada pelo marido, namorado, ex-companheiro, etc....
A questão que precisamos descobrir é porque esses índices aumentaram tanto nos últimos anos. Onde estaria a raiz do problema?...Vcs acham que pobreza é desculpa para Violencia? A mídia influencia ou nao? O que o governo poderia fazer e nao está fazendo?

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Eu, Val, penso o seguinte: Pobreza nao é desculpa pra violencia, na minha opinião. O que gera a violencia nesse caso aqui nao é a pobreza e sim a ganancia e a inveja de não possuir o mesmo ou o melhor que o outro já possui..E qto à mídia....já perceberam que sempre qdo um crime é cometido (tipo pedofilia ou assassinato, como no caso do LindembergXEloá) os indices de violencia na mesma semana em que notícias sensacionalistas como estas são divulgadas aumentam assustadoramente? Será que a mídia incentiva a prática desses crimes? Pra mim alem de incentivar, a mídia ainda ATRAPALHA e muito nas investigações! Ou seria um problema mesmo Institucional, onde a impunidade por crimes hediondos impera? Vejam, a polícia muitas xs luta com as "armas que tem" pra capturar um "monstro" e logo vem os direitos humanos e diz que esse "monstro" não merece ser punido, só pelo fato de, digamos, "biologica" e fisicamente ser considerado "humano". O poder judiciário decreta uma sentença, 10 anos de reclusão, mas em 5 esse "monstro" é posto em liberdade, e o que é píor: mais apto a cometer mais atrocidades! Afinal, alguem pode me responder pra que servem os presídios mesmo?



Infelizmente, o governo tem usado ferramentas erradas e conceitos errados na hora de entender o que é causa e o que é conseqüência. A violência que mata e que destrói está muito mais para sintoma social do que doença social. Aliás, são várias as doenças sociais que produzem violência como um tipo de sintoma. Portanto, não adianta super-armar a segurança pública, lhes entregando armas de guerra para repressão policial se a “doença” causadora não for identificada e combatida.

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Já é tempo de a sociedade brasileira se conscientizar de que, violência não é ação. Violência é, na verdade, reação. O ser humano não comete violência sem motivo. É verdade que algumas vezes as violências recaem sob pessoas erradas, (pessoas inocentes que não cometeram as ações que estimularam a violência). No entanto, as ações erradas existiram e alguém as cometeu, caso contrário não haveria violência.
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Em todo o Mundo as principais causas da violência são: o desrespeito -- a prepotência -- crises de raiva causadas por fracassos e frustrações -- crises mentais (loucura conseqüente de anomalias patológicas que, em geral, são casos raros).
Exceto nos casos de loucura, a violência pode ser interpretada como uma tentativa de corrigir o que o diálogo não foi capaz de resolver. A violência funciona como um último recurso que tenta restabelecer o que é justo segundo a ótica do agressor. Em geral, a violência não tem um caráter meramente destrutivo. Na realidade, tem uma motivação corretiva que tenta consertar o que o diálogo não foi capaz de solucionar. Portanto, sempre que houver violência é porque, alguma coisa, já estava anteriormente errada. É essa “coisa errada” a real causa que precisa ser corrigida para diminuirmos, de fato, os diversos tipos de violências.



No Brasil, a principal “ação errada”, que antecede a violência é o desrespeito. O desrespeito é conseqüente das injustiças e afrontamentos, sejam sociais, sejam econômicos, sejam de relacionamentos conjugais, etc. A irreverência e o excesso de liberdades (libertinagens, estimuladas principalmente pela TV), também produzem desrespeito. E, o desrespeito, produz desejos de vingança que se transformam em violências.
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Nas grandes metrópoles, onde as injustiças e os afrontamentos são muito comuns, os desejos de vingança se materializam sob a forma de roubos e assaltos ou sob a forma de agressões e homicídios. Já a irreverência e a libertinagem estimulam o comportamento indevido (comportamento vulgar), o que também caracteriza desrespeito e produz fortes violências.
Observe que quando um cidadão agride o outro, ou mata o outro, normalmente o faz em função de alguma situação que considerou desrespeitosa, mesmo que a questão inicial tenha sido banal como um simples pisão no pé ou uma dívida de centavos. Em geral, a raiva que enlouquece a ponto de gerar a violência é conseqüência do nível de desrespeito envolvido na respectiva questão. Portanto, até mesmo um palavrão pode se transformar em desrespeito e produzir violência. Logo, a exploração, o calote, a prepotência, a traição, a infidelidade, a mentira etc., são atitudes de desrespeito e se não forem muito bem explicadas, e justificadas (com pedidos de desculpas e de arrependimento), certa­mente que ao seu tempo resultarão em violências. É de desrespeito em desrespeito que as pessoas acumulam tensões nervosas que, mais tarde, explodem sob a forma de violência. Sabendo-se que o desrespeito é o principal causador de violência, podemos então combater a violência diminuindo os diferentes tipos de desrespeito: seja o desrespeito econômico, o desrespeito social, o desrespeito conjugal, o desrespeito familiar e o desrespeito entre as pessoas (a “má educação”). Em termos pessoais, a melhor maneira de prevenir a violência é agir com o máximo de respeito diante de toda e qualquer situação. Em termos governamentais, as autoridades precisam estimular relacionamentos mais justos, menos vulgares e mais reverentes na nossa sociedade. O governo precisa diminuir as explorações econômicas (as grandes diferenças de renda) e podar o excesso de “liberdades” principalmente na TV e no sistema educativo do país.
A vulgaridade, praticada nos últimos anos vem destruindo valores morais e tornando as pessoas irresponsáveis, imprudentes, desrespeitadoras e inconseqüentes. Por isso, precisamos, também, restabelecer a punição infanto-juvenil tanto em casa quanto na escola. Boa educação se faz com corretos deveres e não com direitos insensatos. Precisamos educar nossos adolescentes com mais realismo e seriedade para mantê-los longe de problemas, fracassos, marginalidade e violência. Se diminuirmos os ilusórios direitos (causadores de rebeldias, prepotências e desrespeitos) e reforçarmos os deveres, o país não precisará colocar armas de guerra nas mãos da polícia para matar nossos jovens cidadãos (como tem acontecido tão freqüentemente).

Créditos: Valvim M Dutra Extraído do capítulo 9 do livro Renasce Brasil.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Homens e Mulheres: O que mudou?

Nao sei se vc ou mais alguns já passaram por algumas experiencias práticas em aulas de ciencias, mas vou usar de uma metáfora que me surgiu agora e me fz recordar. Em aulas de ciencias costumávamos colocar terra dentro de um recipiente transparente e com agua. O que acontecia? Qdo misturávamos a agua e a terra pareciam se tornar um só e assumir uma unica cor amarronzada, certo? Mas depois qdo parávamos de misturar e mexer o recipiente, logo ocorria a decantação, ou seja, a terra ia para o fundo e a agua tornava-se transparente e "limpa" novamente. .
E o que tem a ver isso td com homens e mulheres? Até a alguns anos atrás, na minha concepção, homens e mulheres viviam numa "decantação". Eram distintos em seus papeis. Td era muito claro e podiamos visualizar o que era um e o que era outro e os papeis que ambos tinham que desempenhar perante a sociedade. Mas de um tempo pra k, temos notado uma agitação, e ambos estão misturados. Confuso, não? Pra mim hj, tanto homens como mulheres, estão cada vez mais desempenhando papéis que antes eram separados por gêneros, por isso há tanta confusão, tanta discordancia em meio a toda essa agitação, a toda essa mistura. E muitos, tanto homens qto mulheres nao estão se dando conta disso, e estão querendo colocar as coisas em ordem, por nao aceitarem tanta agitação. Mas o mais engraçado é que aqueles que são contra a toda essa mistura são aqueles que mais estão agitando o "recipiente".



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Não vejo mais retorno, nao vejo mais uma decantação, entende? OU aceitamos as mudanças ou estaremos sucumbidos à elas. Não são somente as mulheres que mudaram, os homens estão em processo cada vez mais acelerado de mudanças. HJ um homem pode muito bem se virar sozinho numa casa, por exemplo! E a mulher que antes dependia do homem (embora muitas ainda façam questão disso!) tb consegue se virar muito bem em algumas áreas que eram de exclusividade masculina.
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Estava conversando com um amigo sobre esse assunto esses dias. Muitas mulheres nao estão se dando conta e ainda nao querem aceitar que assim como elas mudaram os homens tb estão mudando. O homem de hj está se dando conta de que a mulher nao é aquele ser "frágil" que disseram durante tanto tempo. E talvez seja por isso que hj os vinculos em um unico relacionamento entre homem e mulher nao estejam mais sendo estabelecidos como antes.


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O homem de hj nao pensa mais em compromisso. Qdo falo do homem de hj, nao estou me referindo aos homens da casa dos "enta". Esses ainda pensam que podem viver uma relação nos moldes antigos, tipo: o homem provedor, protetor e a mulher provida e protegida e algumas das mulheres de hj ainda acreditam que podem agarrar um homem e barganhar "pequenos" luxos e confortos em troca de sexo e um pouquinho de atenção. Tenho pena dessas mulheres que ainda pensam assim, que ainda pensam que podem dobrar o homem de hj. Ao passo que essa nova geração de homens está pensando e vivendo no kda um por si e Deus pra todos. Egoísmo? Pra mim, não! O nome disso é evolução. Hj se um casal (homem e mulher, claro!) resolverem se unir e morar debaixo de um mesmo teto, ambos terão de ter a consciencia que seus papeis estarão misturados e que ambos se tratarão na vida cotidiana como se pertencesse a um mesmo genero.


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A unica diferença ainda está na cama, isso pra "casais normais", é claro! O resto vai ter que rolar td como se fosse uma boa e sincera amizade! Não são assim os amigos? Estes compartilham momentos, mas um não fica na dependencia de outro. Então, fica aí minha dica: ACORDEM CINDERELAS! O PRINCIPE ENCANTADO nao vem mais salvá-las montado em um lindo e possante cavalo branco, viu? Não vem mais matar os dragoes que as atemorizam! Aprendam (Antes QUE VCS VIREM ABÓBORA DE VEZ) a montar em seus proprios cavalos e a matar seus proprios dragoes e aí sim, quem sabe, teremos um "FELIZES PARA SEMPRE"!

Quem tem medo da SOLIDÃO?

Por: Flávio Gikovate

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- Muitos casais só evitam a separação porque temem o isolamento de uma vida solitária. Nossa sociedade centrada no núcleo familiar, estimula a dependência entre as pessoas.

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O que é preferível: ficar só ou mal acompanhado? A esta pergunta a grande maioria das pessoas responde de duas maneiras diferentes. Quando se trata de uma situação hipotética ou da vida dos outros, elas dizem que não há sentido algum em continuar com que não se ama ou com quem a gente não tem afinidade. Assim respondem também os mais jovens e inexperientes. No entanto, quando enfrentamos uma situação de fato, em que um homem e um mulher se vêem envolvidos numa união cheia de brigas e dissabores, a coisa é muito mais complicada. A maior parte dos casais prefere ir tocando o relacionamento aos trancos e barrancos em vez de fazer as malas e ir para qualquer outro lugar - a casa de um parente, de um amigo, um hotel etc. Essa é uma das situações em que é muito fácil falar, mas muito difícil de fazer.



Afinal, o que nos prende tanto ao casamento? Serão so filhos? O patrimônio? Os costumes e apegos que temos às coisas que nos cercam, especialmente a própria casa? Ou será o pavor de nos vermos isolados? Embora todos os fatores citados tenham certa importância, acredito que a principal razão pela qual as pessoas conservam vínculos absolutamente insatisfatórios deriva do fato de que não podem sequer se imaginar sozinhas por alguns dias. É curioso, pois isso acontece também com aquelas criaturas que, no passado, viveram longo tempo sem companhia. É como se a gente desaprendesse totalmente que nossa condição é, sob certos aspectos, até bastante agradável. É como se a gente regredisse e conseguisse se considerar integrada apenas dentro de um grupo.
Todos nós cescemos participando de um núcleo familiar - ou algum substituto dele - no qual nos sentíamos mais protegidos, mais confortáveis. E a sensação persistia mesmo se o ambiente fosse tenso, cheio de brigas e atritos. Afinal de contas éramos dependentes e não tínhamos a opção de ficar sozinhos. Esta hipótese estava relacionada com o total desamparo e com a falta de recursos para a sobrevivência. Parece que, depois de adultos, continuamos a associar à vida em família toda a sensação de proteção e segurança: e, à vida solitária, todo o medo e todo o abandono. Isso sem contar os preconceitos, pois crescemos ouvindo frases do tipo: "Coitada de fulana! Não se casou e vive sozinha. Como deve ser triste a sua vida!", "pobre daquele menino órfão que não tem os pais para lhe dar carinho e atenção". Tais frases, repetidas durante os anos de formação, ficam impressas a ferro e fogo dentro de nós.



Podemos ficar sozinhos por anos a fio, especialmente durante a mocidade. Isso acontece quando vamos estudar ou trabalhar noutra cidade, por força das circunstâncias ou mesmo por livre opção. Depois de certo período mais difícil de adaptação, acabamos gostando muito fa esperiência. Mas vêm de novo os preconceitos que nos "ensinam" não ser "normal" gostar de ficar só. Logicamente, esse tipo de contradição nem sempre ocorre. No nosso país, a grande maioria dos jovens só sai de casa para se casar. Quando estuda fora, mora em repúblicas, que são habitações coletivas, onde mais uma vez se valoriza a vida em grupo.


Embora nem todos tenham consciência disso, a sociedade favorece a dependência entre as pessoas. Acontece que, em determinados momentos, deveríamos estar capacitados para atos de plena autonomia. E não estamos. É o caso da situação conjugal cheia de brigas e desacertos. Racionalmente, teríamos de pôr um fim nisso o mais depressa possível. Precisaríamos ter condições para passar um certo tempo sozinho, independentes, nos bastando, capazes de diálogos interiores, meditação e reflexão até para entender em profundidade porque as coisas se encaminharam dessa forma. Infelizmente, a simples idéia de nos encontrarmos isolados num quarto de hotel já nos provoca pânico. E ficamos presos ao emaranhado complexo em que se transforma a vida conjugal cheia de atritos. Na maioria dos casos, não temos forças sequer para uma separação temporária. Penso que esse tipo de medo é muito perigoso, pois não são raras as vezes em que uma "pausa conjugal" pode ser a última chance para a reconciliação. Quando estamos sozinhos e longe da situação de conflito, temos oportunidade para refletir melhor e fazer uma autocrítica mais correta. Aliás, deveríamos recorrer à solidão sempre que nos encontrássemos numa encruzilhada, ganhando novas forças antes de tomar decisões radicais e definitivas.